A visita ao ginecologista todos os anos é muito importante e deve ser feita por todas as mulheres. Afinal, esse médico é responsável por diagnosticar muitas doenças, identificar o início da menopausa e ajudar a mulher em importantes escolhas. Assim, é preciso conhecer qual é a grande importância de uma consulta anual a este médico.
Escolhendo métodos contraceptivos
Nos tempos antigos, a gravidez era algo desejado e inevitável dentro de um casamento ou relação. Além disso, diversas religiões e culturas ensinavam que evitar a vinda de uma criança era algo contrário à existência do ser humano. No entanto, com as diversas mudanças culturais e sociais que vivemos, o ser humano começou a entender a necessidade da natalidade planejada. Ou seja, o casal tem o direito de escolher se deseja ter um filho e planejar qual o melhor momento para isso. Nesse sentido surgem os chamados métodos contraceptivos, medidas eficazes para evitar a gravidez indesejada.
Os métodos existentes podem ser divididos em grupos de acordo com a forma como eles funcionam. Assim, existem as barreiras (que impedem o contato do espermatozóide com o óvulo), os hormônios (agem no corpo da mulher para impedir a ovulação) e os definitivos. Neste último grupo estão as cirurgias realizadas de forma definitiva.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, de todas as mulheres brasileiras que não possuem filhos, apenas 40,3% fazem uso de algum método contraceptivo. Por outro lado, no grupo de mulheres que já possui algum filho, 66% fazem uso de um método. Assim, é preciso que todas as mulheres e seus companheiros estejam atentos às formas de evitar uma gravidez para planejar qual o melhor momento para a chegada de um filho. Conheça agora os métodos mais eficazes e conhecidos:
Preservativos
O preservativo, mais conhecido como “camisinha” é o método mais conhecido e um dos mais antigos. Seu uso pode ser feito por homens ou por mulheres em todas as situações. Assim, este método consiste em uma barreira de látex colocada sobre o pênis ou introduzida na vagina. Uma das maiores vantagens desse método é a sua dupla eficácia. Ou seja, previne contra a gravidez e doenças transmitidas nas relações sexuais. No entanto, por ter algumas substâncias em sua composição, algumas pessoas podem ter irritações com o seu uso. Confira as características dos preservativos:
Grupo: Barreira;
Taxa de eficácia: 98% do preservativo masculino e 95% do preservativo feminino;
Maior vantagem: Prevenção à gravidez e às DST’s
Maior desvantagem: Risco de estourar por acidente;
Preço: Em média, 5 reais ou de forma gratuita nos postos de saúde;
Quando usar? Sempre que tiver relações com parceiros novos ou desconhecidos ou quando não se adaptar aos demais métodos.
Anticoncepcional
As famosas “pílulas” foram criadas nos Estados Unidos em maio de 1960. Nessa época, a produção dos remédios contava com uma quantidade muito alta de hormônios, o que causava diversos efeitos colaterais nas mulheres. Com o passar dos anos sua fórmula foi alterada para não causar prejuízos tão grandes para a saúde feminina. No entanto, ainda nos dias de hoje, os anticoncepcionais podem facilitar diversas doenças, como a trombose.
As pílulas funcionam de forma a impedir a ovulação das mulheres. Ou seja, quando a mulher usa de forma correta e sem atrasos, o remédio faz com que não ocorra a ovulação e, com isso, não acontece a fecundação. Além disso, as pílulas são muito usadas para outros fins, como a melhora da pele, controle de peso e tratamento de outras doenças. No entanto, é muito importante que as mulheres consultem sua ginecologista antes de iniciar o uso desse remédio. Assim, confira suas características:
Grupo: Hormonal;
Taxa de eficácia: 95% a 99,9%;
Maior vantagem: Proteção em todos os momentos, quando o uso é correto;
Maior desvantagem: Efeitos colaterais e necessidade de seguir à risca as orientações;
Preço: Em média, 25 reais ou de forma gratuita nos postos de saúde;
Quando usar? Sempre que tiver relações sexuais constantes. É importante lembrar que este método não protege contra as DST’s!
Diafragma
O diafragma é um pequeno copo de látex ou silicone que tem a função de evitar que os espermatozóides cheguem aos óvulos. Ou seja, funciona como um preservativo interno, porém menos eficaz. De uma forma geral, é indicado que a mulher que opta pelo uso deste método use, junto a ele, um espermicida (gel com a função de matar os espermatozóides).
A mulher deve introduzir o diafragma na vagina cerca de 30 minutos antes da relação sexual e retirar entre 6 e 8 horas após o ato. Dessa forma, seu uso vai apresentar as melhores taxas de eficácia possíveis. Conheça suas características:
Grupo: Barreira;
Taxa de eficácia: 90%;
Maior vantagem: Não tem efeitos colaterais e não prejudica a saúde;
Maior desvantagem: Eficácia pequena comparada aos outros métodos;
Preço: Em média, 200 reais e pode ser utilizado por até três anos;
Quando usar? Quando tiver relações sexuais sem riscos de contrair DST’s.
DIU
O DIU funciona como um método de prevenção à gravidez e tem duas versões. O DIU de cobre trabalha liberando pequenas quantidades de cobre no útero da mulher a fim de impossibilitar a gravidez. Por outro lado, o DIU hormonal funciona de forma semelhante às pílulas, através dos hormônios. Deve-se lembrar que os efeitos colaterais do DIU hormonal são muito menores do que aqueles das pílulas, já que o DIU funciona diretamente no útero da mulher.
Assim, o médico coloca um pequeno dispositivo em forma de T no útero da mulhar . Assim, começa a fazer o seu efeito. No entanto, somente médicos podem fazer o procedimento, que dura cerca de 15 minutos. Além da prevenção à gravidez, muitas mulheres fazem uso desse dispositivo para interromper a menstruação.
Grupo: Hormonal;
Taxa de eficácia: Superior a 99%;
Maior vantagem: Não é preciso lembrar de tomar remédios todos os dias no mesmo horário;
Maior desvantagem: Não protege contra DST’s;
Preço: Em média, 100 reais o modelo de cobre que dura até 10 anos e 800 reais o hormonal, que dura até 5 anos;
Quando usar? Sempre que desejar um método durável, seguro e eficaz.
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Cirugias
As cirurgias são métodos definitivos para impedir as gravidez. Assim, as mulheres podem realizar a ligadura das trompas, impedindo o acesso do espermatozóide aos óvulos. Por outro lado, os homens podem realizar a vasectomia, uma cirurgia reversível de corte no canal por onde passam os espermatozóides.
A vasectomia é um método simples, rápido e muito eficaz. No entanto, existem alguns mitos com relação a ele. Assim, esclarecemos alguns fatos sobre o assunto:
- A cirurgia não impede a ejaculação ou a ereção masculina;
- No futuro, o homem pode ligar novamente o canal;
- A cirurgia não afeta os hormônios ou o desejo sexual do paciente.
Não usei nada! E agora?
É sempre ideal que o casal que não deseja ter filhos faça uso de pelo menos um método contraceptivo. No entanto, caso tenham uma relação sexual desprotegida, existe um método que pode ser usado após o ato: a pílula do dia seguinte. A mulher deve tomar o comprimido até 72 horas após a relação, sendo que quanto mais rápido o seu uso, maior sua eficácia.
Esta pílula contém uma alta concentração de hormônios e só pode ser usada duas vezes no ano. Além disso, apresenta muitos efeitos colaterais para a saúde da mulher, como: dor de cabeça, náuseas, tontura, entre outros. Assim, é importante lembrar que a mulher que faz uso de pílulas anticoncepcionais não deve tomar a pílula do dia seguinte.
O início da menopausa
A menopausa é a fase da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural da menstruação, pois os hormônios femininos já não são mais produzidos pelos ovários. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma mulher se encontra em menopausa após a ausência consecutiva da menstruação por 12 meses. Assim, costuma ocorrer entre 45 e 55 anos de idade. Quando a menstruação para antes dos 40 anos, o fenômeno é chamado menopausa precoce.
Em primeiro lugar, é importante saber que a falha da menstruação a partir dos 40 anos de idade é normal e costuma ocorrer cerca de 5 vezes até o início da menopausa. Por isso, é muito importante que a mulher realize as consultas anuais com o ginecologista. Afinal, o médico vai fazer a orientação para o início dessa fase na vida da mulher. Saiba tudo sobre a consulta com o ginecologista.
Tipos de menopausa
A menopausa possui três estágios. Assim, são eles:
Pré-menopausa
Durante este período, ocorre uma redução da produção de hormônios no corpo da mulher. Assim, começa a partir dos 40 anos e dura cerca de 6 anos. Assim, neste período o organismo feminino começa a se preparar para deixar de ser fértil. Além disso, esta fase não costuma produzir nenhum sintoma ou sinal.
Perimenopausa
Este período engloba a pré-menopausa e o primeiro ano da pós-menopausa. Assim, este período se inicia quando surgem os primeiros sintomas da menopausa e termina quando se completa um ano sem menstruação.
Pós-menopausa
Este período tem início um ano após a última menstruação da mulher e dura durante o resto da vida. Dessa forma, no começo desta fase existe um risco grande de desenvolver osteoporose e doenças do coração. Por isso, é importante que as mulheres busquem ajuda do médico para diminuir os problemas e manter uma boa qualidade de vida.
Causas
A menopausa pode ter diversas causas. Por exemplo:
- Queda dos hormônios;
- Remoção do útero;
- Quimioterapia ou radioterapia;
- Insuficiência ovariana primária.
É importante nunca ignorar um sintoma. Ao buscar o atendimento, é possível desde o início encontrar uma condição e tratá-la de forma rápida. Dessa maneira, evita-se que o problema se agrave e comprometa a saúde.
Diagnóstico e tratamentos
A partir do momento em que completa um ano desde a última menstruação, é importante que a mulher realize alguns exames para confirmar o início da menopausa. Assim, esses exames são realizados a partir da coleta de sangue. Em seguida, o médico vai avaliar os níveis de hormônio encontrados para saber se a menopausa realmente começou.
Quando o médico afirma que a menopausa começou, a mulher pode optar por um tratamento. No entanto, é importante lembrar que este fenômeno é natural e o tratamento deve ser feito apenas caso os sintomas causem desconforto para a paciente. Assim, algumas opções de tratamento são:
Reposição hormonal
É o tratamento mais eficaz para o alívio das ondas de calor. Assim, é ideal entre as idades de 50 a 59 anos e no máximo até 7 anos após o início dos sintomas da menopausa. Além disso, é importante que a paciente realize todos os exames que o médico pedir e faça as consultas de rotina. Afinal, essas condições tornam o tratamento mais seguro.
Por outro lado, a reposição hormonal não é indicada para mulheres com histórico de problemas no coração. Além disso, pode facilitar o aparecimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. Saiba tudo sobre este câncer.
Aplicação de estrogênio
Em primeiro lugar, este tratamento é utilizado para aliviar o sintoma de secura da vagina e dor durante a relação sexual. Assim, os médicos recomendam que as mulheres usem o estrogênio em forma de creme. Além disso, este tratamento é uma opção para as mulheres que não desejam fazer a reposição de hormônios.
Fitoterapia
Esta terapia é feita através do uso de plantas medicinais e seus extratos.
Acumpultura
Esta é uma técnica chinesa que pode ajudar a menopausa ao estimular diferentes pontos do corpo. Assim, é feita através da inserção de agulhas em locais do corpo da mulher. Além disso, esta prática também trabalha a prevenção e evita o agravamento de doenças.
Diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis
De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das DST’s são transmitidas por contato sexual sem o uso de camisinha. Além disso, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Dessa forma, as principais DST’s são:
- Aids: Causada pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida). O HIV compromete o funcionamento do sistema imunológico humano.
- Condiloma acuminado ou HPV: Lesão na região genital, causada pelo HPV. A infecção deste vírus pode levar ao câncer do colo do útero.
- Clamídia: Apresenta sintomas como dor ao urinar. Mulheres podem não apresentar nenhum sintoma, mas a infecção pode atingir o útero.
- Herpes: Aparecem pequenas bolhas, principalmente na vagina e na ponta do pênis.
- Sífilis: Surgem feridas nos órgãos sexuais e nas virilhas. Não causa qualquer desconforto.
- Tricomoníase: Os principais sintomas são: corrimento amarelo, dor durante o ato sexual e coceira nos órgãos sexuais.
- Gonorréia: A mais comum das DST’s. Nas mulheres, atinge principalmente o colo do útero.
Prevenção das DST’s
Algumas medidas podem ser tomadas a fim de evitar as DST’s. Dentre elas:
- Uso de camisinha– Deve ser usada no sexo vaginal, anal e oral.
- Vacina– Segura para prevenir infecções pelo vírus HPV. Deve ser aplicada antes do início da vida sexual.
- Exames – Pessoas com vida sexual ativa devem realizar exames .
- Não compartilhar seringas – Sempre use seringas descartáveis.
Câncer de mama
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), dentre todos os casos de câncer no Brasil, a maior taxa de mortalidade entre as mulheres vem do de mama. De acordo com a última estimativa realizada pelo órgão, em 2020, esta doença representou quase 30% dos novos casos de câncer no país, e ocasionou mais de 16 mil óbitos. Apesar dos altos números, o diagnóstico precoce, junto ao tratamento, possibilita cerca de 95% de chance de cura. Entretanto, quando descoberto tardiamente, este número cai para 50%.
O câncer de mama ocorre com a formação de nódulo (caroço) na extensão dos seios ou nas axilas. Apesar de não existir uma causa específica para o desenvolvimento da doença, a Sociedade Brasileira de Mastologia aponta alguns fatores associados ao risco de desenvolver esse tipo de câncer. Entre eles:
- Menarca precoce;
- Menopausa tardia;
- Uso de terapia de reposição hormonal;
- Obesidade e sedentarismo
- Fatores hereditários.
Prevenção ao câncer de mama
Muitas vezes, essa doença pode passar despercebido e silencioso, sem causar nenhuma dor ou desconforto na mulher. Por isso, é de extrema importância que as mulheres realizem sempre o autoexame nas mamas a fim de detectar a doença. Além disso, as mulheres devem realizar a mamografia todos os anos, a partir dos 40 anos de idade. Dessa forma, é possível identificar os tumores malignos, facilitando o tratamento e aumentando as chances de cura da doença.
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