Em ação desde 2014, o Setembro Amarelo é uma campanha nacional de conscientização e prevenção ao suicídio, idealizada pela CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Acompanhando atividades do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que ocorre em 10 de setembro, a idéia é proporcionar mais visibilidade ao assunto a partir do uso da cor amarelo nas mais diversas interfaces. A partir dessas ações é possível refletir sobre a preservação da vida, além de quebrar a barreira do estigma sobre as doenças psicológicas.
Dados alarmantes
De acordo com a pesquisa apresentada pela Organização Mundial da Saúde(OMS) em 2018, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Esta é considerada uma das principais causas de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. No entanto, mais de 90% desses casos estão associados a distúrbios mentais, com destaque a depressão, e, portanto, poderiam ser evitados com auxílio psicológico adequado.
Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram de depressão em todo o mundo, uma doença psiquiátrica que causa flutuações intensas e recorrentes de humor e sentimento de desesperança. Quando não assistida por um profissional, a doença pode causar à pessoa afetada um grande prolongamento de sofrimento, desmotivação e sentimento de tristeza constante. Assim, percebe-se influencias nas atividades cotidianas, no trabalho, na escola ou no meio familiar, e que pode aumentar a intenção de suicídio.
Como é possível reduzir o número de casos de suicídio?
A psicóloga Laura Carneiro pontua que a conscientização é o primeiro passo para reduzir o número de casos de suicídio. Além disso, ouvir e não julgar os sentimentos ou sofrimento do outro também são pontos importantes para que a pessoa se sinta benquista.
“Vale ressaltar que a busca por ajuda profissional se torna essencial para que a pessoa que se encontra em sofrimento mental possa encontrar acolhimento e suporte. Ao compartilhar suas questões com alguém que tenha um preparo técnico para lidar com a situação, é possível conduzir à construção de outras estratégias que aliviem sua dor para além dos pensamentos suicidas, experiência comum de ser vivida por quem se encontra em sofrimento psíquico. O sentimento de tristeza e pensamentos sobre a morte fazem parte da nossa condição humana. No entanto, quando esses pensamentos se instalam de forma duradoura e prejudicam o cotidiano da pessoa como trabalho, relações ou estudos, o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico são ferramentas a serem utilizadas como formas de cuidado e de prevenção à atitudes mais drásticas, como a tentativa de suicídio”, continua a especialista que atende na Clínica Policonsultas.
Quer ajudar, mas não sabe como? Fale sobre o assunto, ofereça apoio e auxilie pessoas a procurarem ajuda junto de um psicólogo.
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A prevenção do suicídio deve acontecer durante o ano todo.
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Sobre a especialista:
Laura Carneiro é psicóloga formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz e parte do corpo clínico da Policonsultas.