Todos nós sabemos da importância de ir ao hepatologista todo ano. No entanto, a maioria das pessoas somente procuram esse médico quando estão com algum problema, doença ou sintoma. Assim, quando chegam à consulta, descobrem diversas condições que antes não conheciam. Por exemplo: hepatites, cirrose, câncer, entre outras. Por isso, é muito importante visitar o médico todos os anos e realizar os exames que ele pedir. Além disso, quando a pessoa já possui alguma dessas condições, deve ir às consultas mais de uma vez por ano. Nesse post você vai conhecer um pouco mais sobre a importância de ir ao hepatologista todo ano.
O que faz o hepatologista?
O hepatologista é o médico responsável por cuidar da saúde do fígado, vesícula biliar e pâncreas. Assim, trabalha na prevenção, diagnóstico e no tratamento das doenças que atingem estes órgãos. Por exemplo: hepatites A, B e C, cirrose e as chamadas doenças metabólicas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano cerca de 500 milhões de pessoas adquirem as hepatites virais. Esta doença é muito perigosa pois provoca a degeneração do fígado. Por isso, a consulta preventiva e de rotina com o hepatologista é muito importante para prevenir as doenças hepáticas. Além disso, através da consulta é possível encontrar a causa de qualquer desconforto ou incômodo. Assim, é importante separar um tempo para consultar este médico. Afinal, quanto antes um problema é detectado, mais rápido é o seu tratamento.
Quando procurar o hepatologista?
É muito importante que todos realizem consultas de rotina com o hepatologista para prevenir doenças e até mesmo o câncer hepático. Nessas consultas, o médico pode realizar um exame clínico para encontrar algum tipo de doença ou condição no paciente. No entanto, existem alguns sinais que mostram a necessidade de marcar uma consulta de forma urgente e imediata. Estes sinais podem ser:
- Olhos e peles amarelados;
- Fraqueza;
- Inchaço no abdômen;
- Vômitos com sangue;
- Dor ou desconforto na parte lateral do abdômen;
- Fezes mais claras;
- Sangramentos pelo nariz.
É importante nunca ignorar um sintoma. Ao buscar o atendimento, é possível desde o início encontrar uma doença e tratá-la de forma rápida. Dessa maneira, evita-se que o problema se agrave e comprometa a saúde.
Principais doenças
Como o hepatologista é responsável pelo fígado, pâncreas e vesícula biliar, muitas são as doenças que ele pode tratar. Assim, temos as principais e mais comuns:
Esteatose hepática
Nesta doença há um acúmulo de gordura no fígado. Assim, pode se dar devido ao consumo excessivo de álcool ou por genética. É importante saber que seu início muitas vezes é assintomático. Por isso, as consultas regulares com o hepatologista são essenciais para a qualidade de vida do paciente.
Cirrose
Ocorre quando o tecido do fígado é substituído por fibrose. Esta doença pode surgir em decorrência do alcoolismo ou até mesmo devido a outras doenças, como as hepatites B e C e a esteatose. Entre os sintomas estão: dor no abdômen, pele e olhos amarelados e fezes escuras. Assim, ao sinal de qualquer sintoma, o paciente deve procurar um hepatologista com urgência.
Insuficiência hepática
É a diminuição da função do fígado. Ou seja, o órgão não consegue trabalhar da forma usual, acarretando muitos problemas. Essa condição pode se dar por envenenamento e ingestão de remédios em altas ou pelo contato com substâncias tóxicas. Além disso, pode acontecer como uma consequência de outras doenças no fígado. Os sintomas dessa doença são parecidos com os das demais.
Câncer de fígado
Este câncer pode surgir no fígado ou ser resultado de um câncer que teve início em outro órgão. Os principais fatores de risco para este câncer são: hepatites B e C e cirrose.
Quais são as hepatites virais?
A hepatite viral é uma infecção que atinge o fígado e causa alterações leves, moderadas ou graves no órgão. Assim, na maioria das vezes essa infecção é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas. O vírus da hepatite A é transmitido através de fezes ou alimentos infectados por pessoas portadoras da doença. Assim, a falta de higiene e cuidado com alimentos é uma das principais causas da disseminação da doença. Além disso, locais que não possuem saneamento básico ainda são grandes obstáculos para a luta contra a doença. Dessa forma, os principais sintomas da doença são:
- Febre;
- Fraqueza;
- Mal-estar;
- Dor na barriga;
- Enjoo e náuseas;
- Perda de apetite;
- Urina escura;
- Olhos e pele amarelados;
- Fezes esbranquiçadas.
No Brasil, as hepatites mais comuns são a A, B e C, sendo que cada uma possui um vírus diferente. Além disso, a gravidade e o tratamento de cada uma também é distinto. Assim, é importante conhecer as principais características de cada tipo da doença para saber como evitá-la e quando procurar um hepatologista. Saiba tudo sobre a consulta com o hepatologista.
Hepatite A
Essa doença é transmitida por fezes e alimentos contaminados ou através de relações sexuais sem uso do preservativo. Ou seja, sua prevenção é feita a partir de medidas sanitárias e de higiene, principalmente durante o manuseio de alimentos. Além disso, é importante cobrar do governo atitudes locais com o objetivo de levar o saneamento básico para todas as regiões e locais do país.
De uma forma geral os sintomas da hepatite A costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. Assim, após esse período, o organismo cria anticorpos que evitam uma nova infecção. Não existe tratamento para essa doença mas é importante hidratar e cuidar do corpo para evitar os danos do vírus no corpo e no fígado.
Hepatite B
Pode passar de mãe para filho durante a gestação ou o parto, por relação sexual sem camisinha, uso de seringas e outros materiais cortantes contaminados. Assim, é muito importante tomar todos os cuidados e medidas de prevenção contra o vírus pois a hepatite B não possui cura e muitas vezes é preciso submeter o paciente a um transplante de fígado.
Além das medidas de cuidado e preservação da saúde, é importante tomar a vacina contra a hepatite B a cada 10 anos. No entanto, se uma pessoa passar por algum ferimento muito grave, é preciso adiantar a dose para 5 anos.
Hepatite C
Essa doença também é transmitida por sangue e objetos contaminados pelo vírus. Por exemplo: durante o parto, amamentação, seringas e agulhas, entre outros. Essa hepatite possui tratamento com remédios contra o vírus com taxa de 95% de eficácia. Ou seja, a maior parte dos pacientes apresentam cura. No entanto, cerca de 20% dos casos evoluem para a cirrose, doença muito grave que atinge o fígado. Saiba mais sobre a hepatite C no vídeo a seguir:
Como prevenir as doenças do fígado?
Existem algumas atitudes que podem ajudar na prevenção das doenças no fígado. Assim, essas medidas são:
- Higienizar e cozinhar todos os alimentos.
- Manter a vacinação sempre em dia.
- Proteger com luvas de segurança quando precisar manusear produtos químicos.
- Praticar exercícios físicos, ter uma alimentação equilibrada e consumir álcool com moderação.
Exames e tratamentos
O hepatologista vai fazer uma avaliação clínica de cada paciente para saber quais exames devem ser feitos. Por mais que uma pessoa não apresente sintomas de uma doença específica, é importante fazer os exames que o médico pediu, para a prevenção de muitas condições. Assim, o médico pode realizar o exame clínico durante a consulta que detecta diversas condições. Além disso, de acordo com o caso do paciente, pode pedir exames como o de sangue e os de imagem.
O tratamento de qualquer doença encontrada vai depender do diagnóstico do hepatologista e do histórico do paciente. Assim, o médico pode receitar remédios e até mesmo indicar a realização de cirurgias e mudanças na alimentação e estilo de vida.
Verdades e mitos
A hepatite C pode gerar um câncer. VERDADE
Se o tratamento da doença não for feito de forma rápida, o vírus pode causar uma lesão no fígado que resulta no câncer de fígado.
Beijos na boca podem transmitir vírus das hepatites. MITO
As hepatites não são transmitidas através de saliva. Ou seja, beijos, compartilhar talheres e copos não trazem o vírus da hepatite.
Quem já teve hepatite não pode doar sangue. VERDADE
Para garantir a segurança de todos, os bancos de sangue não aceitam doadores que tiveram hepatite após os 11 anos de idade. Saiba tudo sobre a doação de sangue e quem pode doar.
As hepatites são hereditárias. MITO
Essa doença não passa geneticamente de pais para filhos. No entanto, mulheres grávidas podem transmitir o vírus durante a gestação, parto ou amamentação.
Policonsultas
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