O que é o julho amarelo?
O julho amarelo é uma campanha criada com o objetivo de promover a luta e a educação a respeito das hepatites virais. Assim, a campanha foi criada em 2019 no Brasil como uma forma de reforçar ações de vigilância, prevenção e controle dessas doenças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, desde o ano de 2002 até hoje mais de 75 mil pessoas morreram de alguma hepatite viral. Por isso, a conscientização a respeito dessas doenças é muito importante para que todos saibam como se prevenir ou tratar dessa condição.
Além de ter sido escolhido um mês para a campanha a respeito das hepatites, o julho amarelo foi instituído por lei como o mês oficial da luta contra a doença. Assim, diversos lugares e instituições devem realizar ações para que todas pessoas entendam a respeito da gravidade de uma hepatite. A cor amarela foi escolhida pois as pessoas que sofrem com essa doença costumam ficar com a pele e os olhos da cor amarela.
Quais são as hepatites virais?
A hepatite viral é uma infecção que atinge o fígado e causa alterações leves, moderadas ou graves no órgão. Assim, na maioria das vezes essa infecção é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas. O vírus da hepatite A é transmitido através de fezes ou alimentos infectados por pessoas portadoras da doença. Assim, a falta de higiene e cuidado com alimentos é uma das principais causas da disseminação da doença. Além disso, locais que não possuem saneamento básico ainda são grandes obstáculos para a luta contra a doença. Dessa forma, os principais sintomas da doença são:
- Febre;
- Fraqueza;
- Mal-estar;
- Dor na barriga;
- Enjoo e náuseas;
- Perda de apetite;
- Urina escura;
- Olhos e pele amarelados;
- Fezes esbranquiçadas.
No Brasil, as hepatites mais comuns são a A, B e C, sendo que cada uma possui um vírus diferente. Além disso, a gravidade e o tratamento de cada uma também é distinto. Assim, é importante conhecer as principais características de cada tipo da doença para saber como evitá-la e quando procurar um hepatologista. Saiba tudo sobre a consulta com o hepatologista.
Hepatite A
Essa doença é transmitida por fezes e alimentos contaminados ou através de relações sexuais sem uso do preservativo. Ou seja, sua prevenção é feita a partir de medidas sanitárias e de higiene, principalmente durante o manuseio de alimentos. Além disso, é importante cobrar do governo atitudes locais com o objetivo de levar o saneamento básico para todas as regiões e locais do país.
De uma forma geral os sintomas da hepatite A costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. Assim, após esse período, o organismo cria anticorpos que evitam uma nova infecção. Não existe tratamento para essa doença mas é importante hidratar e cuidar do corpo para evitar os danos do vírus no corpo e no fígado.
Hepatite B
Pode passar de mãe para filho durante a gestação ou o parto, por relação sexual sem camisinha, uso de seringas e outros materiais cortantes contaminados. Assim, é muito importante tomar todos os cuidados e medidas de prevenção contra o vírus pois a hepatite B não possui cura e muitas vezes é preciso submeter o paciente a um transplante de fígado.
Além das medidas de cuidado e preservação da saúde, é importante tomar a vacina contra a hepatite B a cada 10 anos. No entanto, se uma pessoa passar por algum ferimento muito grave, é preciso adiantar a dose para 5 anos.
Hepatite C
Essa doença também é transmitida por sangue e objetos contaminados pelo vírus. Por exemplo: durante o parto, amamentação, seringas e agulhas, entre outros. Essa hepatite possui tratamento com remédios contra o vírus com taxa de 95% de eficácia. Ou seja, a maior parte dos pacientes apresentam cura. No entanto, cerca de 20% dos casos evoluem para a cirrose, doença muito grave que atinge o fígado. Saiba mais sobre a hepatite C no vídeo a seguir:
Verdades e mitos
A hepatite C pode gerar um câncer. VERDADE
Se o tratamento da doença não for feito de forma rápida, o vírus pode causar uma lesão no fígado que resulta no câncer de fígado.
Beijos na boca podem transmitir vírus das hepatites. MITO
As hepatites não são transmitidas através de saliva. Ou seja, beijos, compartilhar talheres e copos não trazem o vírus da hepatite.
Quem já teve hepatite não pode doar sangue. VERDADE
Para garantir a segurança de todos, os bancos de sangue não aceitam doadores que tiveram hepatite após os 11 anos de idade. Saiba tudo sobre a doação de sangue e quem pode doar.
As hepatites são hereditárias. MITO
Essa doença não passa geneticamente de pais para filhos. No entanto, mulheres grávidas podem transmitir o vírus durante a gestação, parto ou amamentação.
Policonsultas
Precisa marcar uma consulta com um hepatologista? A Policonsultas tem uma equipe preparada para cuidar da sua saúde, além de realizar exames na própria clínica. Apesar do nome julho amarelo, os cuidados para a prevenção das hepatites virais deve acontecer durante todo o ano. Conheça nosso corpo clínico aqui!