O dispositivo intrauterino, mais conhecido como DIU, foi criado em meados da década de 1960 nos Estados Unidos. Entretanto, foi apenas a partir de 1980 que mulheres passaram a procurar o DIU como um contraceptivo, em face de um processo de questionamentos e pesquisas que discorriam sobre a segurança e perigos da pílula anticoncepcional.
Em mais de cinco décadas de desenvolvimento e pesquisas sobre o assunto, o DIU tornou-se um dos métodos anticoncepcionais reversíveis mais usados em todo o mundo. De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 170 milhões de mulheres já fazem uso deste método.
Atualmente, existem dois principais modelos de Dispositivo Intrauterino: o DIU de cobre e o DIU hormonal, sendo este último também conhecido como Sistema Intrauterino (SIU). Em ambos os casos, trata-se de um pequeno aparelho de plástico em formato de T que deve ser inserido dentro da cavidade uterina pelo ginecologista. Sua forma de ação consiste em tornar o ambiente uterino nada favorável aos espermatozóides, e por isso sua eficácia é de 99,3%, ocasionando problemas apenas quando está mal posicionado. A grande vantagem destes métodos é a duração, uma vez que pode proteger a mulher de uma gestação durante anos.
Neste post vamos ajudá-la a entender como funciona o DIU, suas vantagens e cuidados.
Quais são as principais diferenças e semelhanças entre o DIU de cobre e o DIU hormonal (SIU)?

A principal diferença entre os dispositivos é que o DIU de cobre contém um fio de cobre que libera íons desse metal localmente, não possuindo nenhum tipo de hormônio sintético. Como efeito colateral, percebe-se o aumento do fluxo menstrual e, em alguns casos, das cólicas menstruais, não sendo recomendado para redução de desconforto menstrual. O dispositivo de cobre tem duração de 5 a 10 anos após inserido.
Já o SIU, funciona de forma similar, entretanto sua ação consiste em liberar o hormônio levonorgestrel dentro do útero diariamente e tem duração de, no máximo, 5 anos. Estudos apontam que a ação hormonal do SIU ocorre de maneira local, isto é, dentro do útero, e não de forma sistêmica como os anticoncepcionais de uso oral. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros efeitos, como redução de cólicas e também do fluxo menstrual. Após 6 meses de uso desse método, 44% das usuárias param de menstruar.
Como ocorre o procedimento de inserção do DIU?
A escolha do dispositivo deve ser conversada com seu médico ginecologista, uma vez que é este profissional que poderá indicar os benefícios para cada caso e quadro de saúde. No entanto, existem poucas situações em que o DIU e o SIU são contraindicados, as quais podemos citar: mulheres que estejam com doença Inflamatória Pélvica, Infecções sexualmente transmissíveis, miomas que distorçam a cavidade uterina, sangramento vaginal sem diagnóstico, gravidez confirmada, malformações uterinas e estreitamento do canal do colo uterino, câncer do colo de útero e do endométrio.
Assim, na maior parte das situações, na consulta inicial com o ginecologista será solicitado alguns exames complementares para conferir que a paciente está apta para realizar o procedimento, como por exemplo: exames de sangue, exame preventivo de colo de útero e ultrassonografia transvaginal.
Nos dois casos, o procedimento de inserção é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório médico. Nos primeiros dias pode haver uma pequena dor, uma reação natural do organismo que precisará se acostumar com o objeto inserido no útero. Entretanto, isso pode ser resolvido com o uso de antiflamatório prescrito pelo profissional de ginecologia.
A retirada do DIU também é um procedimento simples e em geral indolor, realizado durante uma consulta médica.

Quais os riscos e cuidados que devo ter após colocar o DIU?
De acordo com pesquisas, não há evidências comprovadas entre o uso do DIU de cobre ou hormonal e o desenvolvimento de tumores, problemas vasculares, trombose ou ganho de peso. O maior risco que pode estar associado à esse procedimento é ocorrer uma expulsão do dispositivo, como um reação do organismo. Entretanto a estimativa é de 2% a 4% de todos os casos, geralmente nos primeiros 30 dias. Após esse período é raro haver deslocamento exterior. Assim, é importante ficar atenta a sangramentos sem motivo aparente e dor abdominal.
A recomendação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) é que entre 20 e 30 dias após a inserção seja realizada uma reavaliação, verificando se dispositivo está bem posicionado. É esta confirmação que poderá garantir a eficácia do DIU, uma vez que quando estiver mal colocado haverá possibilidade de ocorrer uma gravidez. Após isso, a revisão deve ser anual em uma consulta com o ginecologista, no qual pode ser requerido algum exame de imagem.
Como a Policonsultas pode te ajudar?
Se você está procurando um local seguro para realizar o procedimento de inserção do DIU, a Policonsultas pode te ajudar. Aqui você encontra uma equipe de especialistas em ginecologia que poderão apresentar todos os benefícios do DIU. Além disso, é este profissional que poderá avaliar seu quadro de saúde e indicar outros métodos contraceptivos que também podem ser eficazes para suas necessidades.
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