Há uma série de exames de rotina que devem ser feitos periodicamente durante a vida para controle e acompanhamento da saúde. Para as mulheres, o exame de colpocitologia oncótica cervical, mais conhecido como exame preventivo ou Papanicolaou, é um deles. Reconhecido mundialmente como uma estratégia para a detecção precoce do câncer do colo do útero, este exame tem possibilitado a redução da mortalidade por este câncer ao longo dos anos.
O câncer do colo do útero caracteriza-se por uma proliferação anormal de células cancerosas na região do colo do útero. Entretanto, inicialmente, a doença pode se manifestar enquanto lesões pré-invasivas, isto é, quando as células estão somente na camada superficial do tecido do colo de útero e ainda não acometeram o interior do órgão de origem. Assim, por seu desenvolvimento ser lento e gradual antes de atingir um estágio invasivo da doença, estima-se que o câncer de colo de útero pode ser curável na maioria dos casos, quando detectado em estágios iniciais.
A relevância do exame preventivo para a comunidade médica
O exame de Papanicolaou recebeu esse nome em homenagem ao patologista grego Georges Papanicolaou, que criou o método de análise em meados do século XX. Após os testes iniciais feitos pelo médico e sua esposa, vários outros estudos foram desenvolvidos por entidades de pesquisa e instituições de saúde. O objetivo era mostrar como a frequência na realização do exame poderia ajudar a salvar milhões de vidas dessa especificidade de câncer.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Departamento de saúde dos Estados Unidos (U.S. Department of Health & Human Service), na ausência de tratamento, o tempo médio de detecção de lesão não-invasiva leve e o desenvolvimento de câncer é de 58 meses. Menos de 10% dos casos evoluirão para câncer no primeiro ano, isto é, ao longo de 12 meses. Estes dados puderam apoiar a indicação da frequência do exame associando-o a um método de prevenção do desenvolvimento do câncer de colo de útero.
No Brasil, foi em 1988 que o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer, definiram que toda mulher que tem vida sexual ativa deve submeter-se ao exame preventivo anualmente, especialmente entre 25 e 59 anos de idade. Após 2 exames anuais consecutivos negativos, indica-se a realização a cada 3 anos. Esta última recomendação é respaldada por pesquisas que indicam que a redução percentual no risco de desenvolver câncer após dois resultados negativo é praticamente a mesma. Isto é, quando o exame é realizado anualmente, há uma redução de 93% do risco, e quando ele é realizado a cada 3 anos a redução é de 91%.
Como é realizado este exame?
De forma geral, o exame preventivo é indolor, rápido e tem um baixo custo de análise. Na consulta com o ginecologista, insere-se um instrumento chamado espéculo na vagina a fim de conseguir visualizar toda a região e o colo de útero. Para a coleta do material, o ginecologista utiliza uma espátula para colher algumas células do colo de útero. Por fim, coloca-se o material em uma lâmina para análise microscópica em laboratório especializado em citopatologia.
Os resultados deverão ser analisados pelo profissional de ginecologia, que melhor indicará um tratamento ou a data para recondução do exame.
A recomendação da Policonsultas é a consulta regular com um especialista de ginecologia. É este profissional que poderá encaminhá-la à realização de exames, além de fornecer orientações sobre tratamentos mais adequados quando houver necessidade.
Conheça nosso corpo clínico aqui e não deixe de marcar sua consulta!